Pillay afirma que casos de tortura estão aumentando em vários países
Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos documentou prática na Síria, Ucrânia e no Iraque; alerta foi dado para marcar Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, esta quinta-feira 26 de junho.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que a tortura está aumentando em vários países.
Segundo Pillay, o escritório dela documentou casos ocorridos em prisões e centros de detenção por milícias e outros grupos não oficiais.
Grupos de Oposição
Relatos mostram que a prática de tortura está sendo realizada por grupos de oposição na Ucrânia, Síria e no Iraque, incluindo o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
O alerta da alta comissária da ONU foi feito para marcar o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, esta quinta-feira, 26 de junho.
Pillay disse que 154 países ratificaram a Convenção da ONU Contra a Tortura, mas muitos continuam tolerando a prática.
Ela afirmou que 41 nações se recusaram a ratificar o documento e várias continuam permitindo a prática ou o mau tratamento dos prisioneiros. Isso acontece de forma implícita ou regulada pela lei.
Delegacias
A representante da ONU declarou que todos os dias em delegacias de polícia ou centros de detenção, oficialmente ou de forma secreta, mulheres, homens e crianças são torturados.
Pillay explicou que existem milhares de vítimas e de locais espalhados por vários países onde esse tipo de prática ocorre, incluindo ditaduras, governos em transição e também em vários Estados com longa tradição democrática.
A alta comissária afirmou que a “tortura é um crime inequívoco”. Segundo a Convenção Contra Tortura, a prática é proibida sob qualquer circunstância, sem exceção.
Ela explicou que todos os países são obrigados a investigar e julgar todas as alegações de tortura e de tratamento cruel, desumano ou degradante. Além disso, devem garantir de todas as formas que essas práticas não aconteçam.