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União Europeia analisa financiamento imediato à Guiné-Bissau

Escritório de direitos humanos da UE Foto: União Europeia

União Europeia analisa financiamento imediato à Guiné-Bissau

Falando à Rádio ONU, representante cessante do secretário-geral no país africano disse que bloco assegurou ajuda para 2015; nos últimos dias no cargo, Ramos Horta aborda ajuda aos guineenses na sede da organização.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O representante cessante do secretário-geral na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, disse que está a chamar a atenção dos países sobre a necessidade de fundos de emergência para as autoridades guineenses eleitas.

“Tive uma reunião com os embaixadores da União Europeia e fiquei felicíssimo porque a sala estava cheia. Todos os embaixadores da União Europeia, a nível de chefes da missão, estavam na reunião. Fiz um apelo emocional a eles para não falharmos o povo da Guiné-Bissau e os governantes eleitos. Eles precisam de apoio de imediato para puderem satisfazer as necessidades mínimas do povo”, ressaltou.

Última Semana

As declarações do ex-presidente timorense foram prestadas à Rádio ONU, em Nova Iorque, na última semana da sua presença nas Nações Unidas como enviado de Ban Ki-moon no país da África Ocidental.

O também Prémio Nobel da Paz disse que os representantes europeus analisam a concessão de fundos a Bissau, na sequência do encontro realizado na ONU.

Fundos

“A União Europeia está já a estudar accionar mecanismos de emergência para encontrar financiamento de imediato. Para 2015 já há garantia. O Banco Mundial já autorizou mais de US$ 20 milhões, já está assinado para água, para electricidade e além disso já se tinham se comprometido a pagar salários de professores e pessoal de saúde de janeiro a junho. O meu país, Timor-Leste, pela boca do primeiro-ministro Xanana Gusmão, já autorizou US$ 15 milhões para o Fundo de Pensões das Forças Armadas”, destacou.

Apesar de alimentar expectativas positivas quanto ao apoio do bloco europeu, Ramos Horta revelou que está na mira de mais parceiras.

Emergência

“Não é suficiente, é preciso que os Estados Unidos, o Japão e os países do Golfo como o Kuwait possam disponibilizar cash rápido para ajudar a situação de emergência. Espero que a comunidade internacional responda rápido e positivamente”, disse.

Nos próximos dias, o primeiro-ministro indigitado da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, deve tomar posse no que se considera mais uma etapa do retorno do país à democracia após o golpe de Estado de abril de 2012.

Na segunda-feira foi investido o presidente José Mário Vaz, cerca de uma semana depois da posse dos deputados a Assembleia Nacional.