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Insegurança alimentar pode afetar mais 400 mil malianos após junho

Agência da ONU entrega alimentos à população. Foto: PMA

Insegurança alimentar pode afetar mais 400 mil malianos após junho

PMA alerta acerca do impacto da insegurança sobre 1,5 milhões de pessoas que enfrentam a situação; hostilidades levam à retirada de várias ONGs do norte, onde a ONU pretende implantar aviões não tripulados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, disse que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar pode chegar a 1,9 milhões a partir deste mês no Mali.

A cifra que corresponde a 11% da população do país, deve ser alcançada com o início da temporada magra. Atualmente, 1,5 milhões de malianos enfrentam o problema.

Kidal e Menaka

A agência refere que a situação ficou mais volátil com a queda das cidades nortenhas de Kidal e de Menaka nas mãos dos rebeldes do Movimento Nacional de Libertação Azawad, NLA.

Na semana passada, o subsecretário-geral da ONU para as Operações de Paz anunciou a intenção de implantar sistemas aéreos não tripulados para melhorar o conhecimento da situação.

Proteger Civis

Hervé Ladsous disse que os veículos também chamados “drones” devem melhorar a capacidade da Missão da ONU no Mali, Minusma, de proteger os civis.

Cerca de 90% dos recursos militares da Minusma já foram enviados para o norte do Mali, que segundo o responsável dispõe de toda a capacidade militar e policial exceto de helicópteros armados.

Hostilidades

O PMA sublinhou que continua a fazer a entrega de alimentos para os mais vulneráveis, apesar das hostilidades e da retirada da região do pessoal de várias ONGs desde março.

No período entre junho e outubro, o plano da agência é alcançar 876 mil pessoas vulneráveis além de alargar as suas atividades para reabilitar os meios críticos de subsistência e aumentar a resiliência dos afetados.