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Agências da ONU alertam para crise no Iraque BR

Representante da OMS visita campo no Iraque para verificar as condições de saúde e necessidades da população. Foto: OMS/S. Al-Dahwi

Agências da ONU alertam para crise no Iraque

Ocha preocupado com situação humanitária de milhares de homens, mulheres e crianças forçados a fugir de suas casas por causa da violência; OMS diz que faltam medicamentos para atender a população e PMA amplia operações no país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Várias agências da ONU fizeram um alerta esta sexta-feira sobre a crise humanitária no Iraque por causa da recente onda de violência no país.

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, está preocupado com a situação de milhares de homens, mulheres e crianças que foram obrigados a fugir de suas casas devido aos confrontos armados.

Urgente

A ONU calcula que 500 mil pessoas tenham fugido de Mossul, mas aproximadamente 25 mil estão deslocadas na própria cidade.

Segundo o Ocha, muitos estão agrupados a céu aberto e necessitam urgentemente de água, comida, abrigo e banheiros químicos. As autoridades relataram que houve um aumento da violência de gênero entre os deslocados.

As agências humanitárias estão agindo rapidamente para levar suprimentos essenciais aos mais necessitados.

O Escritório da ONU afirmou que o conflito e o ambiente extremamente volátil na região provavelmente vão limitar o acesso de milhares de deslocados em áreas controladas por grupos armados.

Operações de Emergência

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, avisou que está ampliando as operações de resposta de emergência no Iraque.

O objetivo é alcançar mais de 43 mil pessoas deslocadas pela violência na região contralada pelos curdos no norte do país. Vários carregamentos de comida estão sendo entregues em Erbil, Bashiqa e Qasrook.

Remédios

A Organização Mundial da Saúde recebeu um pedido de ajuda do Ministério da Saúde da região curda. As autoridades disseram que faltam medicamentos nas clínicas e hospitais locais.

Antes do início do conflito, os remédios e as vacinas eram enviados pelo governo central do Iraque, em Bagdá, mas o processo foi suspenso por causa da violência, da falta de segurança e das estradas bloqueadas.

Com a chegada do verão no hemisfério norte, a OMS alerta também para o aumento do risco de epidemias de doenças transmissíveis.