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Ban: sírios e comunidade internacional estão “divididos” sobre o conflito BR

Ban Ki-moon. Foto: ONU/Mark Garten

Ban: sírios e comunidade internacional estão “divididos” sobre o conflito

Secretário-geral fez a declaração a jornalistas em Genebra, com a violência na Síria e no Iraque sendo os principais assuntos discutidos por ele; Ban Ki-moon volta a condenar “ataques terroristas” no Iraque.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Para o secretário-geral da ONU, os sírios e a comunidade internacional continuam divididos sobre a “trágica situação” no país árabe, motivo pelo qual a crise ainda não foi resolvida.

Ban Ki-moon fez a declaração esta terça-feira, ao responder perguntas de jornalistas em Genebra. O chefe da ONU voltou a defender uma solução política como a única saída para o fim da guerra civil síria.

Sofrimento

Ban afirmou estar “desanimado” porque o conflito entra no quarto ano e os sírios continuam enfrentando um “sofrimento chocante”. Segundo ele, é imperativo que líderes regionais trabalhem em conjunto por uma solução política e pacífica.

O secretário-geral ainda está avaliando quem será o próximo enviado especial à Síria, após a renúncia de Lakhdar Brahimi no mês passado. Ban Ki-moon lembrou que a ONU trabalha em quatro áreas no país: política, humanitária, de direitos humanos e da não-proliferação de armas.

Execuções Sumárias

Sobre o Iraque, Ban ressaltou novamente estar muito preocupado com a “rápida deterioração da situação” no país, com relatos de execuções sumárias realizadas pelo movimento Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

O secretário-geral da ONU condenou todos os “ataques terroristas, os assassinatos de civis e o sequestro de diplomatas”. Para Ban, são exemplos de “violações inaceitáveis dos direitos humanos”, com um grande risco da violência sectária em massa aumentar no país e além das fronteiras.

África

Na conferência de imprensa em Genebra, o secretário-geral também condenou o aumento da violência na Ucrânia e a ação extremista que derrubou um avião militar no país.

Ban Ki-moon lembrou ainda de 1 milhão de pessoas forçadas a deixar suas casas na República Centro-Africana, com “relatos de terrível violência” contra mulheres e crianças.

A situação no Sudão do Sul continua preocupando o chefe da ONU, que pede o fim das hostilidades entre as forças do governo e da oposição. Ban Ki-moon está na capital suíça participando das comemorações dos 50 anos da Unctad, a Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento.