Unesco pede a iraquianos que protejam Patrimônio Cultural
Chefe da agência da ONU teme que locais sejam saqueados ou destruídos com nova onda de violência no país; Irina Bokova afirmou que eles “representam um testemunho único da humanidade e da origem da civilização”.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, pediu aos iraquianos que protejam o Patrimônio Cultural do país.
Bokova teme que os locais históricos possam ser saqueados e destruídos com a nova onda de violência, como ocorreu há vários anos e também na Síria, mais recentemente.
Origem da Civilização
Em declaração feita esta terça-feira em Genebra, Bokova pediu a população que se una na proteção do Patrimônio Cultural, que “representa um testemunho único da humanidade, da origem da civilização e da coexistência étnica e religiosa”.
Segundo ela, as maiores ameaças a esses locais são o uso militar e como alvo de ataques, assim como o roubo e o tráfico ilegal de propriedades culturais.
Crime de Guerra
A chefe da Unesco pediu a todas as partes envolvidas nos conflitos no Iraque que evitem a destruição de qualquer Patrimônio Cultural, inclusive de locais religiosos.
Bokova afirmou que a destruição intencional dessas áreas é considerada crime de guerra e também um golpe contra a identidade e a história do povo iraquiano. Ela pediu que os responsáveis por esses atos sejam levados à justiça.
Eleições
O Supremo Tribunal Federal do Iraque certificou o resultado das eleições do dia 30 de abril.
Para o representante do secretário-geral da ONU para o Iraque, Nickolay Mladenov é imperativo que o novo Conselho de Parlamentares se reúna para assegurar a continuidade do processo político com base na Constituição.
Mladenov encorajou os líderes iraquianos a chegarem a um acordo sobre um plano de segurança nacional para lidar com a ameaça terrorista.
Além disso, ele quer que os políticos criem iniciativas políticas e sociais que recebam apoio de todas as regiões do país. O representante do secretário-geral disse que a ONU está pronta para ajudar nesse processo.