Angola quer mais africanos a tratar de assuntos do mar na ONU

Chefe da delegação do país na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar diz que presença limitada traz entraves para o desenvolvimento do continente.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola quer que haja mais quadros africanos entre os especialistas das Nações Unidas que tratam de temas sobre o alargamento da plataforma continental e dos espaços marítimos dos países.
A secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República de Angola disse que sem a presença destes em órgãos como a Comissão de Limites da Plataforma Continental haverá entraves para o seu avanço.
Mais Recursos
As declarações de Florbela Araújo foram prestadas, esta quarta-feira, em Nova Iorque, em entrevistada à Rádio ONU.
“Toda a gente reconhece que se Angola ou outro país, como Moçambique e Cabo Verde, conseguir alargar a sua plataforma continental consegue ter mais recursos. Isso implica que o país tenha mais riqueza, e com mais riqueza existe maior desenvolvimento. Continuamos a lutar e em todas sessões vou-me debater para que, de facto, haja quadros a nível da Comissão da Plataforma Continental e que haja mais quadros africanos de forma a defender os interesses de África. Temos que deixar de ser os países em vias de desenvolvimento”, explicou.
Limites
A representante angolana participa na sessão que marca os 20 anos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que define limites marítimos.
Araújo apelou para a necessidade de uma abordagem integrada entre os países que tenha como base os ecossistemas.
Angola pediu estudos mais aprofundados e medidas para reforçar a cooperação e a coordenação da conservação e que o uso sustentável da biodiversidade seja além das áreas de jurisdição nacionais.