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Unesco condena assassinatos de jornalistas na Ucrânia e em Honduras BR

Irina Bokova. Foto: ONU/Devra Berkowitz

Unesco condena assassinatos de jornalistas na Ucrânia e em Honduras

Diretora-geral expressou preocupação com a morte de repórter italiano e de um intérprete russo, na Ucrânia; ataque deixou um segundo jornalista ferido. Irina Bokova também denunciou a morte de radialista hondurenho no mês passado.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, condenou a morte de um jornalista italiano e de seu intérprete russo, na Ucrânia, no último dia 24. Em comunicado separado, ela repudiou ainda o assassinato de um radialista em Honduras.

Irina Bokova disse estar preocupada com os assassinatos do italiano Andrea Rocchelli e de seu intérprete russo, Andrei Mironov, também conhecido pelo seu trabalho com os direitos humanos. No mesmo ataque, um fotógrafo francês também ficou ferido.

Respeito

Ela afirmou que “ataques contra jornalistas não são mais aceitáveis em situações de conflito do que em tempos de paz”. A chefe da Unesco pediu a todos envolvidos nos combates na Ucrânia que respeitem a Convenção de Genebra e seus protocolos.

Segundo os documentos, as forças militares devem respeitar o “status” de civil dos repórteres e garantir que eles cumpram suas obrigações em condições seguras.

Eles foram mortos num ataque de morteiro quando viajavam de carro perto da cidade de Sloviansk.

Honduras

Em comunicado separado, Bokova condenou o assassinato do jornalista Hernán Cruz Barnica, em 28 de maio, de Honduras. Ele levou três tiros e o corpo foi encontrado perto da cidade de Dulce Nombre.

A diretora-geral afirmou que “usar armas para silenciar jornalistas é um crime contra as vítimas e contra a sociedade como um todo”. Cruz Barnica apresentava um programa diário sobre direitos humanos numa rádio comunitária do país.

Ela disse que “é comovente ver um repórter dedicado à promoção dos direitos humanos pagar com a própria vida por exercer o direito de liberdade de expressão”.

Bokova pediu às autoridades hondurenhas que os responsáveis pelo crime sejam levados à justiça.