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ONU quer US$ 60 milhões para ajudar a Somália no próximo trimestre

Valerie Amos. Foto: ONU/Eskinder Debebe

ONU quer US$ 60 milhões para ajudar a Somália no próximo trimestre

Subsecretária-Geral para os Assuntos Humanitários disse que valor deve ser urgentemente aplicado para cobrir necessidades alimentares, de nutrição e de saúde.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas precisam imediatamente de US$ 60 milhões para prestar auxílio humanitário aos somalis durante os próximos três meses, revelou a subsecretária-Geral para os Assuntos Humanitários.

A também coordenadora de Assistência de Emergência, Valerie Amos, apresentou esta quarta-feira um informe ao Conselho de Segurança sobre a situação humanitária no país do Corno de África.

Nutrição

A representante frisou que o montante deve ser atribuído para lidar urgentemente com as necessidades alimentares, de nutrição e de saúde.

O pedido feito aos Estados-membros é que continuem a acolher aos candidatos a asilo, refugiados e migrantes do país além de garantirem a sua proteção e segurança.

Amos apelou igualmente que seja assegurado o regresso voluntário dos refugiados à Somália, e que estes sejam conduzidos de forma segura e digna.

Apelo

Ao pedir auxílio para a obter um financiamento adicional, anunciou que foram recebidos somente 19% dos US$ 933 milhões do apelo humanitário para o país.

Valerie Amos apelou para que bancos e operadoras de transferência de dinheiro do país trabalhem para criar um mecanismo de transição até o estabelecimento de um sistema financeiro adequado.

Assistência

A responsável pediu que seja evitada a repetição da situação de 2011, quando foi declarada fome em algumas regiões somali. Estima-se que o país tenha cerca de 857 mil pessoas a precisar urgentemente de assistência essencial.

Outros 2 milhões estão à beira da insegurança alimentar e carecem de apoio contínuo em meios de subsistência.

Entre as consequências apontadas para um eventual fracasso em atender às necessidades humanitárias, neste momento, Amos citou prejuízos à paz, à construção do Estado tendo advertido para a ocorrência de novas crises.