Sul-sudaneses vulneráveis chegam de helicóptero à Etiópia

Operações de assistência são feitas pelo Acnur, com apoio da OIM; por semana, cinco voos levam ao acampamento de refugiados grávidas, pessoas com a saúde frágil e com problemas de malnutrição.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Desde dezembro, cerca de 34 mil sul-sudaneses chegaram a Akobo, cidade remota no leste do país, que faz fronteira com a Etiópia. Os civis deixaram as suas casas devido ao conflito no Sudão do Sul, levando consigo poucos artigos e preocupados em garantir a segurança dos filhos.
As informações são do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. A maioria dos sul-sudaneses seguiam para Akobo de barco, numa viagem com duração de 15 horas. Após chegar à fronteira com a Etiópia, os civis partiam no dia seguinte de autocarro, rumo ao acampamento de refugiados do Acnur em Kule II.
Registo
Mas desde o fim de março, o Acnur está a aliviar o sofrimento dos refugiados mais vulneráveis com voos de helicóptero a partir de Akobo. As operações são feitas em parceria com a Organização Internacional para Migrações, OIM.
São oferecidos cinco voos por semana. O Acnur explica que os sul-sudaneses que chegam em Akobo são registados e passam por uma triagem para avaliar as condições de saúde.
Crianças
Os identificados como mais vulneráveis são escolhidos para seguir de helicóptero. A prioridade é para grávidas, mulheres que estão a amamentar, pessoas mais velhas, crianças menores de um ano, feridos, civis com problemas de locomoção e os seus familiares.
Os helicópteros do Acnur são usados ainda para a entrega de comida, medicamentos e material para apoiar a proteção e o registo dos refugiados.
A agência procura uma autorização do governo da Etiópia para expandir as operações de helicóptero para outras áreas do país, em especial as regiões onde há pouca infraestrutura.
*Apresentação: Eleutério Guevane.