OMM alerta que concentração de CO2 chegou a 400 partículas por milhão BR

Agência da ONU diz resultado reforça as provas de que a queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas são responsáveis pelo aumento dos gases que causam o efeito estufa; alta aconteceu no hemisfério norte.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial de Meteorologia, OMM, alertou que a concentração de dióxido de carbono, CO2, na atmosfera atingiu 400 partículas por milhão, ppm.
A marca simbólica tem importância científica porque reforça as provas de que a queima de combustível fóssil e outras atividades humanas são responsáveis pelo aumento dos gases que causam o efeito estufa.
Média Global
Segundo a OMM, todas as estações que monitoram o ar no hemisfério norte registraram concentração recorde de CO2, com isso, a média anual de dióxido de carbono na atmosfera deve ultrapassar as 400 ppm em 2015 e 2016.
O secretário-geral da organização, Michel Jarraud, afirmou que o resultado deve chamar a atenção das autoridades sobre o constante aumento dos níveis desses gases e que estão influenciando a mudança climática.
Segundo ele, “o tempo para uma ação está se esgotando”.
Aquecimento do Planeta
A OMM explica que o CO2 permanece na atmosfera por centenas de anos. Os especialistas afirmam que o dióxido de carbono é o mais importante gás, que causa o efeito estufa, produzido pelo homem.
Ele é responsável por 85% do aquecimento do planeta ocorrido na última década, entre 2002 e 2012.
O boletim da Organização Mundial de Meteorologia mostrou que a quantidade de CO2 na atmosfera em 2012 atingiu 393 partículas por milhão. Isso representa um aumento de 141% em relação aos níveis registrados na era pré-industrial.
Desde então, os índices passaram das 400 ppm em várias estações, como por exemplo, no Ártico, no Canadá, nos Estados Unidos, na Noruega, na Finlândia, em Cabo Verde e no Japão
A OMM coordena a concentração não somente de dióxido de carbono, mas também, de outros gases que causam o efeito estufa, como metano e óxido nitroso.
As estações que monitoram essas substâncias estão espalhadas por mais de 50 países, incluindo as regiões dos Alpes europeus, dos Andes, na América do Sul e também dos Himalaias.