Perspectiva Global Reportagens Humanas

Mais de 50 presos políticos em “risco iminente de segurança” em Alepo

Prisioneiros já cumpriram as sentenças. Foto: ONU/Victoria Hazou

Mais de 50 presos políticos em “risco iminente de segurança” em Alepo

Escritório da ONU para os Direitos Humanos preocupado com situação depois do fim do cerco à cadeia central da segunda maior cidade da Síria; estabelecimento estava sitiado por grupos armados há um ano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou, esta sexta-feira para o que chamou de “risco iminente” à segurança e integridade física de 53 presos políticos na Cadeia Central de Alepo.

A entidade disse ter recebido relatos de que as Forças Armadas sírias romperam o cerco imposto por grupos armados ao local, há um ano. A ação ocorreu nesta quinta-feira.

Identidade Conhecida

Um comunicado sublinha que o número de prisioneiros políticos corresponde aos que têm a identidade conhecida pelo Escritório. O alerta estende-se à situação de vários presos e detidos no estabelecimento.

Após contar que as forças sírias entraram nas instalações prisionais, o escritório mencionou relatos de vários prisioneiros que já cumpriram as suas sentenças. Tanto para estes como para os “detidos arbitrariamente”, o apelo é que a sua libertação seja imediata.

Cuidados

O escritório pede ainda que todos os detidos possam receber os cuidados médicos depois de terem sido privados por muito tempo devido ao cerco.

Ao Governo Sírio, lembra das suas obrigações com vista a garantir a segurança de todos os detidos e presos.

As doenças não tratadas, a escassez de alimentos e de suprimentos médicos foram motivos apontados pela alta comissária para os Direitos Humanos para a “morte de centenas” de pessoas no local.

Nesta terça-feira, Navi Pillay disse que o estabelecimento albergava cerca de 2,5 mil detidos.