ONU condena golpe e diz que Tailândia tem que restaurar Estado de direito BR

Em comunicado, alta comissária de direitos humanos afirmou que detenção de políticos é “muito preocupante.”; agências de notícias sugerem que militares teriam interrogado ex-membros do governo incluindo a primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas emitiram um comunicado pedindo o retorno da ordem na Tailândia e condenando o golpe militar realizado no país.
De acordo com a alta comissária de direitos humanos, Navi Pillay, a remoção forçada de um governo, a suspensão da constituição e outras medidas impostas após o golpe são uma restrição ao direito dos tailandeses.
Liberdade
Ela disse que está monitorando a situação na nação asiática há cinco meses quando a crise política começou.
Agências de notícias informaram que os militares estão interrogando e detendo políticos e ex-membros do governo. Há relatos de que a própria primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, deposta no início do mês, teria sido obrigada a se reportar à junta.
Em menos de 24 horas, foram decretados 21 anúncios e três ordens pelo Conselho de Manutenção da Paz e da Ordem na Tailândia. Um dos anúncios militares suspendeu os direitos constitucionais e as liberdade de reunião.
Rádio e TV
Todos os canais de mídia foram censurados, houve fechamento de emissoras de rádio e TV e proibição de críticas ao novo regime.
A internet também foi banida, e qualquer reunião com mais de cinco pessoas.
Ao todo, os militares convocaram para depor 155 pessoas incluindo líderes políticos que permanecem sob custódia em diferentes bases do Exército.
Segundo a alta comissária, os militares da Tailândia não podem esquecer que qualquer medida de emergência deve obedecer aos padrões de direitos humanos internacionais.