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Missão da ONU no Sudão do Sul condena ameaças e insegurança

Missão da ONU no Sudão do Sul condena ameaças e insegurança

Em comunicado, Unmiss cita agressões, detenções e restrições aos funcionários das Nações Unidas; operação de paz diz haver envolvimento de forças de segurança, autoridades locais e rebeldes.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, disse estar preocupada com uma série de incidentes recentes que além de interromper as suas operações e do seu pessoal expõem a “graves riscos de segurança.”

Em comunicado, a operação de paz aponta para a agressão e detenção ilegal de funcionários na capital, Juba. Os atos tiveram lugar nas últimas semanas, com envolvimento de forças de segurança e autoridades locais.

Impedimentos

As ações incluem incidentes como restrições ou recusas de acesso de patrulhas da Unmiss em outros estados. Das forças de oposição a missão também diz ter informações de “impedimentos” que considera inaceitáveis.

Agências noticiosas referem que no país ainda são registados incidentes, após o cessar-fogo assinado a 9 de maio para o fim da disputa política entre o presidente Salva Kiir e o seu antigo vice Riek Machar. Estima-se que milhares de pessoas tenham morrido devido à tensão que assumiu contornos étnicos.

Compromisso

Na visita do secretário-geral a Juba, o presidente sul-sudanês reiterou o compromisso do governo em cooperar em pleno com a Unmiss. Salva Kiir disse ter dado instruções claras a todas as instituições de segurança e governadores dos estados do país.

Mas a chefe da operação de paz, Hilde Johnson, disse que os atos violam claramente o acordo sobre o trabalho da ONU no Sudão do Sul.

Ao Governo do país pediu medidas para garantir a segurança e a liberdade de circulação do pessoal da Unmiss. O apelo é que sejam imediatamente investigadas as violações para que os responsáveis sejam levados à justiça.