Unitaid quer o fim das barreiras comerciais BR

Relatório do grupo diz que medida é vital para ajudar milhões de pessoas a ter acesso a novos tratamentos de saúde; o representante do Brasil falou sobre a importância dos países se unirem para para combater doenças infecciosas.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O UnitAid, grupo formado em 2006 por Brasil, Chile, França, Noruega e Reino Unido, quer o fim das barreiras comerciais para ajudar em tratamentos de saúde.
O grupo tem como objetivo a compra de remédios para serem usados nos tratamentos de pessoas com HIV/Aids, malária e tuberculose.
No relatório anual “Transformando Mercados, Salvando Vidas”, divulgado esta terça-feira em Genebra, os especialistas disseram que essa medida é vital para que milhões de pessoas tenham acesso a novos cuidados médicos para combater doenças infecciosas.
Trabalho Conjunto
O representante do Brasil no encontro, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, elogiou o trabalho do UnitAid.
Falando em inglês, Jarbas disse que é muito importante que os países trabalhem juntos para garantir que as pessoas tenham acesso a novas tecnologias principalmente nas nações de baixa e média rendas.
O documento cita como barreiras comerciais as patentes e os preços altos dos medicamentos.
O presidente da diretoria-executiva do grupo, Philipe Blazy, falou também sobre o investimento de quase US$ 160 milhões feito neste mês pelo UnitAid para fornecer acesso a tratamentos contra a hepatite tipo C.
Blazy disse que os beneficiados são populações de baixa e média rendas de vários países.
Esforços
O UnitAid lidera os esforços para aumentar o acesso a novos diagnósticos e tratamentos de várias doenças. No ano passado, o grupo foi responsável pela implementação de novas tecnologias para monitorar o HIV, como também para realizar um diagnóstico mais rápido da tuberculose. O mesmo aconteceu em relação à malária.
Apesar dos avanços, o relatório cita a necessidade da inclusão de mais tecnologias no mercado para reduzir os custos das operações.
Os especialistas alertam que a falta de remédios para combater estas três doenças contribuiu para a alta taxa de mortalidade de crianças.
O documento menciona ainda a possibilidade de surgimento de novos medicamentos, mas as principais dificuldades para que os produtos cheguem aos mais pobres são os altos preços e as patentes.