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Reflexão sobre mudanças climáticas e saúde reúne países em Genebra

Reflexão sobre mudanças climáticas e saúde reúne países em Genebra

Na Assembleia Mundial da Saúde, OMS alerta para perda da capacidade do planeta para sustentar a vida humana em boa saúde; na abertura do evento, chefe da agência fala de quatro graves vírus emergentes em circulação.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A relação entre as mudanças climáticas e a saúde junta mais de 3 mil delegados, na Assembleia Mundial da Saúde iniciada esta segunda-feira.

Na abertura do evento, em Genebra, a diretora da Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que não pode haver dúvidas de que as mudanças climáticas são uma grande ameaça.

Consequências

Margareth Chan defendeu que o planeta está a perder a sua capacidade de sustentar a vida humana em boa saúde. Classificou o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, de março, como o mais perturbador até o momento “pelo forte enfoque sobre as consequências para a saúde.”

No mesmo período, Chan disse que as estimativas da OMS sobre os efeitos da poluição do ar na saúde foram revistas em alta.

A responsável disse que em 2012, a exposição à poluição do ar causou a morte de cerca de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, no que a transformou no “maior risco ambiental para a saúde global.”

Vírus

Chan disse que as mudanças na forma como a humanidade habita o planeta abriram novas oportunidades exploradas pelos micróbios.

Como exemplo, destacou a confirmação do surto de ébola na Guiné Conacri que fez subir para quatro o número de vírus emergentes graves em circulação. Os outros são os vírus das gripes aviárias H5N1 e H7N9 e o corona vírus, que causa a Síndrome Respiratória do Médio Oriente.

A agência aponta a continuação da fome e da desnutrição como problemas obstinados. Nos últimos 20 anos, a prevalência global de anemia ficou praticamente estável.