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OMT pessimista sobre eventual imposto de turismo em África

OMT pessimista sobre eventual imposto de turismo em África

Agência chama atenção dos países para aspetos como demanda do turismo, crescimento económico e emprego; em 2013, setor gerou US$ 34 mil milhões em exportações.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, OMT, disse que um eventual imposto de turismo em África poderia ameaçar a competitividade da região e de todas as economias do continente.

Em comunicado, Taleb Rifai lembra que estas assumem cada vez mais o setor como um pilar fundamental para o seu desenvolvimento.

Avaliação

Em declarações à Rádio ONU, de Madrid, a diretora de Comunicação da agência, Sandra Carvão, apelou à cautela na avaliação da introdução da cobrança, tendo em conta uma série de fatores.

“Acabamos de alertar para a possibilidade do impacto negativo que a discussão que se está a ter ao nível da União Africana sobre o possível imposto, tanto em termos de passageiros, do transporte aéreo, como nos hotéis poderia ter na competitividade. Tendo em conta que o turismo em África está numa fase inicial de desenvolvimento e considerando que a capacidade aérea e o custo do transporte aéreo em África são obstáculos importantes ao desenvolvimento turístico da região.”

Crescimento

A proposta é que sejam ponderadas as consequências da coleta para aspetos como a demanda do turismo, o crescimento económico e o emprego.

A preocupação também foi colocada na Assembleia da Comissão da OMT para África, que recentemente reuniu ministros africanos da área em Angola.

Oportunidades

Relativamente à evolução do turismo internacional em África, a agência refere que, em 2013, o continente recebeu 56 milhões de turistas, mais 30 milhões em relação ao ano 2000.

No continente, a atividade gera US$ 34 mil milhões em exportações. A OMT lembra que turistas têm impacto nos empregos, nas oportunidades de negócios e em indústrias relacionadas.