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Sequestro de meninas estudantes na Nigéria completa um mês BR

Mulheres pedem a libertação das meninas. Foto: ONU

Sequestro de meninas estudantes na Nigéria completa um mês

Comissão da ONU diz que ação da milícia Boko Haram pode ser considerada crime contra humanidade; autoridades afirmam que ataque representa uma violação direta de três artigos da Convenção sobre Todas as Formas de Discriminação Contra Mulheres.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Comissão da ONU sobre Eliminação da Discriminação contra Mulheres fez um apelo, esta quarta-feira, para a libertação das meninas estudantes sequestradas na Nigéria pela milícia Boko Haram.

O pedido foi feito para marcar o aniversário de um mês da ação que foi condenada no mundo inteiro e gerou uma campanha global para que as garotas voltem para casa.

Destino

O grupo expressou profunda preocupação com o destino das estudantes e considerou o ataque uma violação direta de três artigos da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres.

Segundo a presidente da Comissão, Nicole Ameline, o sequestro pode ser classificado como crime contra a humanidade.

Os integrantes pediram ao governo nigeriano que utilize todos os meios necessários para libertar as crianças e levar os responsáveis à justiça.

Direitos

Ameline disse que os países devem proteger os direitos das mulheres antes, durante e depois de conflitos armados.

Além disso, devem também adotar medidas cabíveis para evitar ataques e ameaças contra alunas e professoras e assegurar que os autores deste tipo de crime sejam investigados, julgados e punidos.

O representante do secretário-geral da ONU para a Nigéria, Said Djinnit, se reuniu esta quarta-feira com o presidente do país para discutir a situação.

Djinnit se encontrou anteriormente com os ministros das Relações Exteriores, da Defesa e da Justiça. O objetivo dessas reuniões foi encontrar uma forma de a ONU ajudar nos esforços para a liberação segura das estudantes.

Ele explicou que as Nações Unidas estão preparando um pacote de apoio às famílias e também às meninas depois que elas forem soltas.