Em Estocolmo, Ban diz que migração deveria ser “jornada de esperança”

Secretário-geral preocupado com detenções, exploração, discriminação e riscos sofridos por quem tenta a vida em outro país; em fórum mundial, ele faz apelo em prol da proteção dos direitos dos migrantes.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Na abertura do Fórum Global para Migração e Desenvolvimento, o secretário-geral da ONU fez um apelo a todos os países, para que criem canais seguros e legais de migração.

Em Estocolmo, Suécia, Ban Ki-moon ressaltou a importância de se promover e proteger os direitos dos migrantes e de suas famílias, independente de seus status. Segundo ele, mais de uma a cada 30 pessoas são migrantes.

Exploração

Ban defendeu a proteção contra discriminação e abusos, garantia de direitos dos que estão no trabalho doméstico, reforço das políticas anti-tráfico humano e fim da exploração.

O chefe da ONU mostrou preocupação especial com a crise no Mar Mediterrâneo, afirmando que a “perda de vidas é inaceitável”. Segundo dados da organização, 170 migrantes já morreram este ano nas águas da Grécia, Itália e Líbia, tentando chegar à Europa.

Riscos

Para Ban Ki-moon, a “migração deveria ser uma jornada de esperança” e não uma “aposta perigosa onde migrantes e suas famílias arriscam suas vidas”.

O secretário-geral disse ser preciso trabalhar mais de perto com organizações não-governamentais e da sociedade civil para promover os direitos dos migrantes, como o trabalho decente e salários justos.

O Fórum Global para Migração e Desenvolvimento segue até sexta-feira. Ainda no primeiro dia do evento, Ban Ki-moon foi recebido pelo rei Carl XVI Gustaf da Suécia e pela rainha Silvia. Os três conversaram sobre Ucrânia, Síria, migração e mudança climática.

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