Para FAO, América Latina “redobra” esforços para erradicar a fome
Representantes das nações latinas e caribenhas decidiram ações para atingir meta até 2025; segundo diretor da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, 47 milhões de pessoas da região estão desnutridas.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Representantes dos países da América Latina e do Caribe reuniram-se no Chile decidindo ações que levem à erradicação da fome até 2025. Segundo a FAO, agência da ONU para Agricultura e Alimentação, a região tornou-se um exemplo global na luta contra a fome.
O diretor da FAO, José Graziano da Silva, disse que 47 milhões de pessoas estão desnutridas na América Latina e no Caribe. Ele fez um apelo às nações para que consigam cumprir a iniciativa “Fome Livre” nos próximos 11 anos.
Fome Zero
De acordo com a agência, 16 países da região já reduziram pela metade o número de pessoas que passam fome, mas o desafio, segundo Graziano da Silva, é atingir nível zero.
O chefe da ONU notou “compromisso político e social sem precedentes” na área, citando planos criados por organizações como a Petrocaribe e o Mercosul.
Agricultura Familiar
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, afirmou que a fome é a maior expressão da desigualdade. Ela falou na conferência da FAO, que termina esta sexta-feira na capital chilena, Santiago.
Segundo Bachelet, o Chile reduziu o total de desnutridos no país para 5%, um número que representa “homens, mulheres e crianças que não tem o mínimo necessário para o dia a dia”, afirmou a presidente.
A conferência regional da FAO acontece a cada dois anos, com a meta de discutir desafios na área de segurança alimentar. Neste ano, os líderes dos países da América Latina e Caribe estão focando na erradicação da fome e da desnutrição, no desenvolvimento sustentável e na agricultura familiar.