ONU diz que acesso à água e ao saneamento básico melhorou no mundo
OMS e Unicef alertam que apesar do avanço ainda persistem problemas; documento mostra que desde 1990 quase 2 bilhões de pessoas tiveram acesso ao saneamento básico e afirma que Brasil está no caminho certo para atingir as Metas do Milênio.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirma que melhorou o acesso à água potável e ao saneamento básico no mundo nos últimos 24 anos.
Segundo o documento, desde 1990, quase 2 bilhões de pessoas tiveram acesso ao chamado saneamento básico melhorado, que são instalações que não permitem o contato humano com os dejetos.
Necessidades de Melhorias
O relatório mostra ainda que 2,3 bilhões têm acesso também a um sistema melhorado de fornecimento de água potável, que protege a fonte de contaminação, principalmente de restos fecais.
Apesar do avanço de mais de duas décadas, a OMS e o Unicef alertam para a necessidade de melhorias, tanto nos centros urbanos como nas áreas rurais.
Em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o relatório afirma que o Brasil já atingiu as metas da ONU para o acesso à água potável e está no caminho certo para fazer o mesmo no acesso ao saneamento básico.
O relatório mostrou que mais da metade da população global vive em cidades e as áreas urbanas têm um sistema de abastecimento de água e de saneamento melhor do que as regiões do interior.
Diferença
Os especialistas disseram que a diferença entre os dois lados está diminuindo.
Eles explicam que em 1990, mais de 76% da população urbana tinha acesso a saneamento, contra apenas 28% das áreas rurais. Em 2012, os números mudaram para 80% nos grandes centros e 47% no interior.
Segundo a OMS, a vasta maioria dos que não tem acesso ao saneamento básico é de pessoas pobres vivendo em regiões rurais.
A OMS e o Unicef alertam que 1 bilhão de pessoas ainda fazem suas necessidades ao ar livre, mais de 800 milhões vivem em 10 países. A maioria absoluta dessas pessoas vive em áreas do interior.