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Chefe da OMT apela a melhorias nas ligações áreas em África

Chefe da OMT apela a melhorias nas ligações áreas em África

Em entrevista à Rádio ONU, em Luanda, secretário-geral da agência disse que continente deve pôr termo às divisões fronteiriças e investir mais no turismo interno.

Herculano Coroado, da Rádio ONU em Luanda.

O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo afirmou ter chegado o momento de ultrapassar o passado colonial, os conflitos armados e melhorar a cadeia de relacionamentos internos em África.

Taleb Rifal defende o fim do que chamou de dependência das ligações áreas africanas em relação a várias capitais europeias.

Conexão

As declarações foram feitas à Rádio ONU, em Luanda, no fim da 56ª Reunião da Comissão Africana da OMT sobre o Turismo e a Conexão Aérea em África.

O representante disse tratar-se do reflexo dos debates no evento que decorreu esta semana. Como indicou, os africanos querem sentir que podem controlar os seus próprios destinos. Para o responsável, se o desejo é a conexão entre os países tal deverá ocorrer sem a dependência.

Benim-Togo

Taleb tomou como exemplo a viagem do Benim para o Togo, ao declarar que não haveria necessidade de  ir a Paris para fazer a ligação área interafricana.

Como explicou, o trajeto pode ser feito e hora e meia, ao contrário do  atual tempo de viagem a variar entre 12 e 18 horas.

Potencial

A reunião de Luanda debateu a forma como quebrar a fosso entre o turismo e as políticas de aviação. O encontro antecede a 1ª edição da Conferência sobre Turismo e Transportes nas Seychelles. A OMT e a Organização da Aviação Civil realizam o evento em Outubro próximo.

A agência estima que as viagens turísticas em todo o mundo deverão chegar a 1,4 mil milhão por volta de 2020 e 1, 8 mil milhão até 2030. As economias emergentes deverão superar os destinos das mais avançadas.

Determinação

Para Taleb Rifai, o sucesso do turismo, como uma indústria de paz e estabilidade na região depende da determinação política dos africanos.

O responsável realçou que se a determinação política vai para uma direcção tudo o resto torna-se detalhe. O representante sublinhou que sem vontade política, “cada progresso, em cada sector, é sempre retardado e nunca pode ser materializado em todo o seu objectivo.

Em 2030 as chegadas internacionais em África devem rondar os 140 milhões com uma partilha global de mercado na ordem dos 7%, no continente que com a economia em recuperação.