Conselho de Segurança saúda votação para legislativas no Iraque

Estados-membros destacam compromisso dos eleitores com o processo político; no país decorre contagem dos votos; agências de notícias falam de 14 mortos registados pelas autoridades após ataques no dia da votação.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança saudou a realização das eleições parlamentares desta quarta-feira no Iraque. Os países-membros elogiaram aos iraquianos pela “demonstração do compromisso com um processo político pacífico, inclusivo e democrático”.
Agências noticiosas referem que decorre a contagem dos votos das primeiras legislativas realizadas no país após a retirada de tropas norte-americanas em 2011.
Segurança
De acordo com os relatos, a votação decorreu sob um forte esquema de segurança, com a presença de centenas de milhares de soldados nas assembleias de voto.
Os relatos dos media citam as autoridades locais a apontar para dezenas de ataques no dia do pleito, que teriam feito pelo menos 14 mortos.
Candidatos
No período a anteceder o anúncio dos resultados e a sua certificação pela Alta Comissão Eleitoral Independente do Iraque, Ihec, os Estados-membros do órgão enalteceram o trabalho da instituição, do Governo e das forças de segurança.
A Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque, Unami, também apoiou a preparação e a realização do pleito.
O chefe da missão de paz lembrou que o processo eleitoral ainda não terminou. Nickolay Mladenov lançou um apelo aos políticos para que se abstenham de ações e declarações que possam influenciar à Ihec.
De acordo com as autoridades, o pleito teve cerca de 22 milhões de votantes elegíveis e a participação de 276 entidades políticas.
Cerca de 9 mil candidatos disputam os 328 assentos no Conselho de Representantes, na corrida que inclui o atual primeiro-ministro, Nouri Maliki, que tenta a eleição para o terceiro mandato.
Unidade Nacional
Os políticos foram instados a trabalhar juntos num processo político inclusivo e oportuno para reforçar a unidade nacional, a soberania e a independência do país.
Já os líderes iraquianos foram aconselhados a um envolvimento, o mais rapidamente possível, para a formação de um governo que represente a vontade e a soberania do povo.
Soberania
Para o órgão, com instituições democráticas e em cooperação com a sociedade iraquiana, o país pode trabalhar para enfrentar os seus desafios em benefício de todos os iraquianos e a esperança de um país forte, independente, unido e democrático.