Um ano após tragédia, OIT continua assistindo vítimas em Bangladesh
Colapso do complexo de fábricas Rana Plaza matou 1,1 mil pessoas em 24 de abril de 2013; Organização Internacional do Trabalho supervisiona acordo de indenizações e programas de reabilitação para funcionários inválidos.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O vice-diretor da Organização Internacional do Trabalho, Gilbert Huongbo, está em Bangladesh esta semana para marcar um ano do colapso do complexo de fábricas Rana Plaza, em Savar.
A queda do edifício ocorreu em 24 de abril de 2013, matando 1,1 mil pessoas e ferindo cerca de 2,5 mil.
Indenização
A OIT lembra que a tragédia foi um dos piores desastres do setor industrial. A agência da ONU já lançou um programa de mais de US$ 24 milhões para ajudar na melhoria das condições de trabalho na área têxtil em Bangladesh.
Já o Comitê de Coordenação Rana Plaza é formado pelo governo, ONGs e marcas de vestuário, com a proposta de garantir indenizações para as vítimas e suas famílias. A OIT supervisiona o cumprimento do acordo e fornece apoio técnico e aconselhamento ao comitê.
Sobreviventes
Segundo a agência, os sobreviventes da tragédia que foram gravemente feridos continuam recebendo assistência. Programas de reabilitação atendem 550 pessoas que estão temporariamente ou permanentemente inválidas.
A OIT destaca que cerca de 300 sobreviventes receberam ou recebem apoio para desenvolvimento de habilidades e para que consigam outro emprego. Essas iniciativas são feitas em parcerias com organizações não-governamentais.
Inspeção
Um ano depois do colapso em Bangladesh, a OIT ajudou o governo a criar um plano para a inspeção de fábricas e foram criados quase 400 novos postos para a função.
Mas a agência cita a necessidade de ação em áreas prioritárias, incluindo fundos para a completa indenização das vítimas e inspeções estruturais e contra incêndios nos locais de trabalho.