TPI intima oito testemunhas para julgamento de vice-presidente do Quênia
Tribunal, com sede em Haia, diz que governo do país africano tem obrigação de acatar decisão; William Ruto nega acusações de organizar violência étnica após as eleições de 2007 que matou mais de mil pessoas.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Tribunal Penal Internacional, TPI, intimou oito pessoas para o julgamento do vice-presidente do Quênia, William Ruto.
Ele é acusado de organizar atos do violência que culminaram na morte de mais de mil pessoas em 2007, após as eleições presidenciais do país africano.
Ruto nega as acusações. Mas segundo o TPI, o Governo do Quênia tem a obrigação de acatar as intimações e de entregá-las.
O atual presidente queniano, Uhuru Kenyatta também é acusado no processo, mas o julgamento dele só deve começar em outubro, um mês após o do vice-presidente.
Radialista
Acusado de orquestrar o conflito que deixou 600 mil quenianos deslocados, o presidente Kenyatta nega as acusações que considera políticas. O atraso no julgamento do presidente deu-se, segundo o TPI, por causa da desistência de duas testemunhas-chaves.
presidente também é acusado de incitamento ao ódio após as eleições e com a ajuda do radialista Joshua Arap Sanga.
Segundo agências de notícias, na quinta-feira, as oito testemunhas informaram à promotoria dao TPI que não estariam mais dispostas a cooperar com o tribunal.
Mas o TPI acredita que os oito intimados podem depor por videoconferência e para isso, os promotores querem a cooperação do governo queniano.