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Portugal só espera novo governo da Guiné-Bissau para retomar cooperação

Portugal só espera novo governo da Guiné-Bissau para retomar cooperação

Embaixador do país junto às Nações Unidas disse à Rádio ONU que colaboração no setor de segurança e reforma militar deve ser restabelecida após o resultado das eleições de 13 de abril; mesmo após golpe, portugueses continuaram patrocinando trabalhos sociais com ONGs na Guiné.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

A cooperação portuguesa no setor de segurança e reforma militar na Guiné-Bissau deve ser restabelecida em breve. A colaboração de Portugal com os guineenses no setor foi suspensa após o golpe de Estado de 12 de abril.

A decisão de restabelecer a parceria está a ser analisada por autoridades portuguesas que aguardam o resultado das votações legislativa e presidencial, ocorridas no último dia 13 na Guiné.

Cplp e União Europeia

Nesta entrevista exclusiva à Rádio ONU, o embaixador de Portugal junto à organização, Álvaro Mendonça e Moura disse que após o pleito, o país africano tem a oportunidade de regressar ao seio da comunidade internacional. 

“Nós estamos inteiramente dispostos, logo que haja um novo governo da Guiné-Bissau em retomar as formas de cooperação que tínhamos juntamente com os outros países da União Europeia, com os países da Cplp, com os países da região. Tudo está pronto para retomar a cooperação logo que as novas autoridades estejam no poder na Guiné-Bissau.”

De acordo com o embaixador português, apesar das sanções da União Europeia e do Conselho de Segurança à Guiné-Bissau por causa do golpe, o Governo de Portugal manteve a cooperação com a sociedade civil guineense para que “o povo do país não sofresse ainda mais” com as consequências do golpe.

Os resultados preliminares das eleições devem ser anunciados ainda esta semana.

*Apresentação: Denise Costa.