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Acnur alerta sobre prisões de refugiados somalis no Quénia

Acnur alerta sobre prisões de refugiados somalis no Quénia

Agência da ONU diz que mais de mil refugiados e candidatos a asilo foram cercados durante operações contraterrorismo, desde 4 de abril; a maioria dos detidos é somali.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, afirmou que está preocupado com o número de prisões e deportações de refugiados no Quénia.

Em comunicado, divulgado esta quinta-feira, o Acnur informou que 82 somalis foram deportados para a capital da Somália, Mogadíscio, a 9 de abril.

Justificativa

As operações contra os refugiados e candidatos a asilo comeraçam a 4 de abril, por forças de segurança quenianas, em Nairóbi.

Mais de mil pessoas foram cercadas sob justificativa de medidas contraterrorismo. A maioria dos presos é de origem somali. O Acnur conseguiu assegurar a exceção de 10 refugiados do processo de deportação.

Os funcionários da agência da ONU também tiveram acesso ao estádio de Kasarani e às celas de polícia, aonde os detidos foram levados.

Relatos

Com isso, o Acnur confirmou a libertação dos refugiados registados. Mas a agência tem recebido relatos de assédio e outras formas de abuso dos direitos humanos.

O estádio de Kasarani está super lotado e as condições sanitárias são precárias.

O Acnur afirmou que reconhece a situação da segurança nacional no Quénia, que tem enfrentado uma vaga de ataques terroristas. A agência ressaltou ainda que a maioria dos refugiados somalis no país obedece à lei.

Especialmente os somalianos do sul e do centro da Somália continuam a precisar de proteção internacional e não podem voltar ao país contra a sua vontade ou para uma situação de risco para sua vida.

*Apresentação: Denise Costa.