Unicef apela à libertação imediata de estudantes na Nigéria

Cerca de 100 alunas entre 12 e 17 anos foram sequestradas em Chibok, no Estado de Borno, na segunda-feira; agência da ONU lembra que “atos brutais de violência são inaceitáveis”.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O sequestro de cerca de 100 estudantes da Nigéria foi condenado esta quarta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. O diretor do escritório regional para África Ocidental e Central, Manuel Fontaine, divulgou uma nota de repúdio ao caso.

As alunas têm entre 12 e 17 anos e foram retiradas de sua escola em Chibok, no Estado de Borno, na noite de segunda-feira. O Unicef pede a libertação imediata e incondicional das estudantes.

Persistência

A agência da ONU está também “muito preocupada com a persistência de ataques em escolas na Nigéria”. O Unicef cita um caso ocorrido em fevereiro, quando homens armados assassinaram 53 adolescentes num colégio federal no Estado de Yobe.

Para o Fundo da ONU para a Infância, tais “atos brutais de violência são inaceitáveis”, porque negam às crianças o direito de aprender num ambiente seguro e podem roubar seu futuro.

Solidariedade

Além disso, o Unicef lembra que o sequestro de menores é um crime e ilegal perante a lei humanitária internacional, independente do país onde ocorre.

O sequestro das estudantes ocorreu horas após 70 pessoas serem mortas com a explosão de uma bomba num ponto de ônibus em Nyanyan, perto da capital nigeriana Abuja.

O Unicef expressa profunda solidariedade com as comunidades afetadas por esses “terríveis atos” e afirma estar ao lado das famílias das alunas sequestradas.

A agência também pede ao governo nigeriano que tome, com urgência, os passos necessários para garantir o retorno das crianças à casa e que possam continuam seus estudos num ambiente seguro.