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Angola quer técnicas de Moçambique e Brasil contra violência do género

Angola quer técnicas de Moçambique e Brasil contra violência do género

Áreas de cooperação incluem atuação com agressores e lei sobre o tema; revelação foi feita em entrevista à Rádio ONU dada pela secretária de Estado angolana da Família e Promoção da Mulher.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher de Angola, Ana Paula do Sacramento Neto, revelou a intenção de trabalhar com Moçambique e o Brasil para a melhor atuação contra a violência ligada ao género.

Para o problema de impacto global, Angola diz pretender lidar com questões ligadas ao conflito no país, terminado há mais de uma década.

Brasil

Em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, a representante disse que é necessário estudar outras técnicas para ver se estas se enquadram na forma como os angolanos vivem.

“Há coisas que o Brasil já tem mais avançadas que Angola. Vamos dar e receber a questão do trabalho com o agressor, do perpetrador da violência. Nós trabalhamos mais a vítima, trabalhamos também o agressor, mas o Brasil já está mais avançado e esta a experiência que nós vamos colher do Brasil, aperfeiçoar a técnica, porque isso tem a ver com a matéria ligada aos psicólogos e então vamos ver isso com os nossos peritos.”

Moçambique

Em 2011, o país aprovou a Lei sobre Violência Doméstica. Ana Paula Neto disse que ainda não há prazos para implementar as parcerias.

“A experiência de Moçambique em relação à implementação da política Nacional do Género que devemos abordar com o país. Queremos ver como o país foi progredindo e ver se a forma como Moçambique está a implementar serve ou não, para não se repetir os erros que já outros países cometeram e ver e forma de implementação. Pode ser que não seja a mais viável.”

Consenso

A Cplp abordou o tema em Maputo em fevereiro, na reunião dos ministros responsáveis pela Igualdade de Género dos Países do bloco de língua portuguesa.

As partes confirmaram o consenso em torno da necessidade de reforço da capacidade de instituições para combater o tipo de violência.