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ONU defende aumento equilibrado de receitas nos países

ONU defende aumento equilibrado de receitas nos países

Proposta de parceria global para o desenvolvimento foi lançada em encontro de alto nível com entidades globais ligadas ao tema; organização quer que políticas macroeconómicas enfatizem criação de mais empregos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vice-secretário-geral das Nações Unidas pediu uma nova parceria global para o desenvolvimento com base na igualdade, na cooperação e na responsabilidade.

Jan Eliasson falava esta segunda-feira num encontro de alto nível do Conselho Económico e Social, Ecosoc, da Organização Mundial do Comércio, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

Receitas

Em Nova Iorque, o representante disse haver ainda uma diferença significativa entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento quanto à capacidade de aumento das receitas públicas.

Para a ONU, o desafio está em criar políticas fiscais para aumentar as receitas de forma equitativa nos países em desenvolvimento, impulsionar recursos internos e promover a prestação de contas e a supervisão pública.

Fluxos Ilícitos

Ao abordar a necessidade de sistemas financeiros inclusivos, Eliasson chamou a atenção para os fluxos financeiros ilícitos que “privam os países de receitas necessárias e reforçam a corrupção e a criminalidade”.

Eliasson considerou inaceitável a perda de pelo menos US$ 50 mil milhões anuais, somente a partir de África devido ao problema.

O representante defende que sejam preservados os progressos alcançados no desenvolvimento, além da projeção de uma agenda pós-2015 ambiciosa e inclusiva.

Ciclos Económicos

As entidades foram instadas a canalizar fundos para investimentos importantes, a longo prazo, como infraestrutura. Para tal, foi realçada a sua capacidade de agir contra os ciclos económicos e contribuir para uma maior estabilidade do sistema financeiro.

A ONU considera que as políticas macroeconómicas possam concentrar-se numa recuperação equilibrada e sustentável, com particular ênfase na criação de empregos.

Os motivos referidos pelo vice-secretário-geral são a insuficiência do crescimento e de postos de trabalho, e o continuo aumento das desigualdades entre as populações.