Ciclismo pode gerar emprego e salvar vidas em cidades da Europa

De acordo com a Comissão da ONU para a região, o “transporte verde” pode gerar 76,6 mil empregos e salvar 10 mil vidas por ano; considerada exemplo, Copenhague tem 26% dos passeios feitos de bicicleta.

Michelle Alves de Lima, da Rádio ONU em Nova York.*

Cerca de 76,6 mil empregos no setor de “transporte verde” seriam criados e 10 mil vidas seriam salvas todos os anos se grandes cidades europeias adotassem a bicicleta como meio de transporte.

A conclusão é de uma publicação divulgada nesta segunda-feira pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, Unece, em parceria com o Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa.

Efeitos positivos

O documento “Destravando novas oportunidades: empregos em transporte verde e saudável” sugere que o investimento nesse tipo de transporte não apenas possui efeitos positivos para a saúde e o meio ambiente, mas também é economicamente rentável.

A capital da Dinamarca, Copenhague, foi apontada como exemplo por realizar 26% de seus passeios com bicicletas.

Os empregos que podem ser gerados são no comércio e manutenção de bicicletas, na venda de roupas e acessórios para ciclistas, e no planejamento urbano. Segundo a publicação, o exemplo da capital dinamarquesa ajudaria a diminuir as emissões de gases de efeito estufa e os riscos de saúde, e apoiaria a economia local.

Políticas inovadoras

Junto com Amsterdã, na Holanda, Copenhague é lider em ciclismo na região classificada na publicação como “pan-europeia”, que inclui os 56 Estados-membros da Unece, além do Canadá e dos Estados Unidos.

A publicação foi lançada durante o Encontro de Alto Nível sobre Transporte, Saúde e Meio Ambiente organizado pela Unece e pelo Escritório da OMS na Europa, que começou nesta segunda-feira e vai até dia 16 de abril, na França.

A reunião, que reúne ministros europeus, vai discutir como políticas de transporte inovadoras podem criar oportunidades de emprego, além de sociedades mais saudáveis e “verdes”.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.