Secretário-geral assistente diz que situação na Ucrânia teve uma séria piora
Oscar Fernandez-Taranco afirmou que depois de quase duas semanas de calma relativa, separatistas e homens armados invadiram prédios do governo ucraniano na região leste do país; grupo quer que área passe a fazer parte da Rússia.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança da ONU realizou, neste domingo, reunião de emergência para discutir situação na Ucrânia.
O secretário-geral assistente para Assuntos Políticos, Oscar Fernandez-Taranco disse aos integrantes do órgão que a situação no país teve uma séria piora.
Separatistas
Segundo Fernandez-Taranco, esta foi a décima primeira vez em que o Conselho de Segurança debateu a crise na Ucrânia. A Assembleia Geral também discutiu a situação no mês passado.
O representante da ONU afirmou que depois de duas semanas de relativa calma, desde 6 de abril homens armados e grupos separatistas começaram a ocupar prédios do governo em cidades na região leste do país.
Os responsáveis pelas invasões querem a secessão da Ucrânia e a adesão à Rússia. Fernandez-Taranco disse que alguns relatos mostram que essas invasões estão acontecendo em pelo menos cinco cidades nas últimas 24 horas.
Operação Antiterror
Ele afirmou que, como resposta, o governo de Kiev lançou uma operação antiterror para retomar a cidade de Slavyansk, um dia depois de os ativistas separatistas terem tomado o controle da região.
Monitores de Direitos Humanos da ONU, que estão na área, disseram que os invasores estão muito bem armados e são milícias bem organizadas.
Fernandez-Taranco disse que a Federação Russa fez declarações públicas dizendo que será forçada a agir se o governo de Kiev usar de força contra os manifestantes.
Segundo ele, a situação agora é mais delicada do que nunca. O representante da ONU afirmou que o secretário-geral, Ban Ki-moon, continua empenhado numa solução pacífica da crise.
Ban voltou a pedir moderação aos envolvidos e quer que todos respeitem a lei internacional.
Fernandez-Taranco afirmou que a crise ucraniana vai se aprofundar ainda mais se não houver um esforço concentrado da comunidade internacional para reduzir as tensões.