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Brasil deverá aumentar ajuda à Guiné-Bissau após eleições de 13 de abril BR

Brasil deverá aumentar ajuda à Guiné-Bissau após eleições de 13 de abril

Embaixador brasileiro junto às Nações Unidas diz que cooperação poderá crescer na área de segurança e fortalecimento de instituições; colaboração “padeceu” com golpe de Estado do ano passado no país lusófono.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Após as eleições de 13 de abril na Guiné-Bissau, o país africano de língua portuguesa poderá contar com uma maior ajuda do Brasil.

A estimativa é do embaixador Antonio Patriota, que preside a Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, que inclui trabalhos com a Guiné-Bissau.

Reforma e Modernização

Nesta entrevista à Rádio ONU, Patriota afirmou que o Brasil poderia dar uma grande contribuição ao novo governo guineense especialmente nas áreas de segurança e de fortalecimento das instituições do Estado.

“(...) Na capacitação de profissionais porque há uma carência de gestores, de servidores do Estado até, e também na reforma e modernização do setor de defesa e segurança. Estamos enviando alguns técnicos eleitorais agora para ajudar a organizar as eleições. E, como eu mencionei, o Centro de João Landim para treinamento de policiais que ajudarão a trazer este ambiente de estabilidade e de calma imprescindível para que as eleições sejam bem-sucedidas.”

Prêmio Nobel da Paz

Segundo o embaixador, a cooperação do Brasil com a Guiné-Bissau sofreu após o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, que tirou do poder o presidente interino e o primeiro-ministro guineenses.

Como parte dos esforços de transição democrática, a ONU enviou o ex-presidente do Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, para chefiar o Escritório da organização em Bissau, Uniogbis.

Localizado no oeste da África, a Guiné-Bissau é um dos cinco países do continente que falam a língua portuguesa.