No 20º ano do genocídio no Ruanda, ONU encoraja maior inclusão
Secretário-geral diz que objetivo é a cura e reconciliação; chefe da organização realça que região dos Grandes Lagos continua a lidar com o impacto do massacre que fez mais de 800 mil mortos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas associaram-se ao 20º. aniversário do genocídio do Ruanda assinalado neste 7 de abril, sob o tema “Lembrar, Unir, Renovar”.
Mais de 800 mil pessoas morreram em 100 dias do massacre levado a cabo por extremistas da etnia hutu contra tutsis e hutus moderados.
Coragem e Resistência
Em mensagem, o secretário-geral disse que os mortos serão lembrados para sempre, num momento em que é prestada homenagem à coragem e resistência dos sobreviventes.
Ban Ki-moon está na capital ruandesa, Kigali, para participar nas cerimónias em torno da data.
Reconciliação
O representante reafirmou o encorajamento às pessoas e ao Governo para que continuem a promover o espírito inclusivo necessário para a cura e reconciliação. O outro objetivo é fortalecer o respeito pelos direitos humanos.
A mensagem destaca a capacidade do povo ruandês de união e demonstração de que a “reconciliação é possível mesmo depois de uma tragédia monumental.”
Impacto
Para o secretário-geral, um percurso do país em direção a um futuro pacífico vai beneficiar a região dos Grandes Lagos, que considera “que continua a lidar com o impacto do genocídio.”
Ban invoca o compromisso de relembrar, promover o espírito da união e de renascimento para os ruandeses e trabalhar para prevenir outros genocídios no mundo.