OMS doa mais de 3,5 toneladas de material de proteção à Guiné-Conacri
Agência da ONU diz que suprimentos vão ajudar no combate à epidemia do ebola; mortalidade chega a 90% dos casos já que não há tratamento ou vacina para a doença.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Guiné-Conacri recebeu mais de 3,5 toneladas de material médico de proteção da Organização Mundial da Saúde. O suprimento será usado pelas autoridades no combate à epidemia de ebola.
A OMS informou que estão incluídos equipamentos de proteção pessoal, como também para desinfetar o ambiente e material para realizar um sepultamento seguro sem o risco de propagação do vírus.
Trabalhadores de Saúde
A preocupação com a segurança é grande porque metade das pessoas infectadas em Conacri é de trabalhadores do setor de saúde.
Segundo a ONG “Médicos Sem Fronteiras”, pelo menos 78 pessoas já morreram no país por causa do ebola.
Os sintomas da doença são febre hemorrágica, fraqueza, dores musculares e de cabeça e ainda diarreia e vômito.
Os médicos alertam que a prevenção é a melhor forma de evitar a transmissão do vírus que acontece pelo contato humano.
Vigilância
Desde o início da crise, em 21 de março quando a epidemia foi confirmada, a OMS, o Ministério da Saúde da Guiné-Conacri e organizações parceiras se reúnem diariamente na Comissão Nacional de Crise.
O grupo discute as principais formas de combate ao vírus, entre elas, operações de coordenação, vigilância, manejo clínico, logística e mobilização social.
A agência da ONU disponibilizou o uso de laboratórios europeus para testar casos suspeitos da doença e também enviou especialistas para a região afetada pela epidemia.
Países Vizinhos
A Organização Mundial da Saúde alertou os países vizinhos que aumentem a vigilância para doenças relacionadas à febre hemorrágica, principalmente na região de fronteira.
Serra Leoa e Libéria registraram casos e mortes consistentes com os sintomas do ebola. Na Libéria, dois casos foram confirmados. Por causa da epidemia, os três países e a OMS estão compartilhando informações diárias.
Por enquanto, a agência da ONU não recomenda nenhuma restrição de viagens ou negócios na região. Para a OMS, uma rápida resposta para combater o vírus do ebola é a melhor forma de reduzir o risco de a doença se espalhar internacionalmente.