FAO recebe financiamento de emergência para o Sudão do Sul
Agência quer apoiar subsistência de 7 milhões em risco de fome com montante atribuído pelo Reino Unido; conflito já fez cerca de 1 milhão de deslocados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, recebeu US$ 13,7 milhões do Reino Unido como parte do financiamento de emergência para apoiar as famílias afetadas pelo conflito sul-sudanês.
Em comunicado, a agência afirma que 7 milhões de pessoas enfrentam o risco de fome, incluindo outro milhão de deslocados fugidos dos combates ou estão receosos de regressar devido aos confrontos.
Subsistência
O montante visa recuperar os meios de subsistência da população com base na agricultura e prevenir uma situação de insegurança alimentar considerada cada vez mais alarmante.
O valor atribuído pelo Departamento britânico para o Desenvolvimento Internacional, Dfid, coincide com o início das chuvas no país africano.
A responsável pela FAO no Sudão do Sul disse que o período é extremamente apertado para fazer a distribuição de sementes e outros insumos essenciais aos agricultores. Sue Lautze defende que se alcancem as populações a tempo para permitir o plantio nas áreas inacessíveis.
Vegetais
No total, o apelo lançado pela FAO visa recolher US$ 77 milhões para ajudar 2,3 milhões de pessoas com auxílio imediato. O objetivo é apoiar o plantio de vegetais de maturação rápida, legumes, alimentos básicos além da captura de peixe e contenção das doenças do rebanho.
Por um lado, o apoio da FAO deve ajudar a reconstruir a vida de famílias afetadas por conflitos em áreas vulneráveis, através do apoio aos agricultores.
Nas áreas não afetadas pelo conflito os agricultores impossibilitados de trabalhar devem ver aumentada a oferta de alimentos nos próximos meses, além de terem apoio para mitigar o impacto da iminente crise de comida.
Kits
De acordo com a agência, o plano inclui a entrega de uma série de kits de emergência para sustentar uma família, com um custo em torno de US$ 30. Uma das variantes será composta por produtos agrícolas básicos para o consumo de uma família por seis meses.
As outras versões podem incluir vegetais diversificados e ricos em nutrientes, serviços de sanidade animal para 80 famílias para um mês ou peixe suficiente para alimentar diariamente a 20 agregados por um ano.