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Sobe número de suspeitas de casos de ébola, diz OMS

Sobe número de suspeitas de casos de ébola, diz OMS

Segundo agência da ONU, foram notificadas 66 mortes causadas pelo novo surto da doença na Guiné-Conacri; até esta quinta-feira, 103 suspeitas haviam sido registadas incluindo na Serra Leoa e na Libéria.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Mundial de Saúde, OMS, informou o registo de 66 mortes devido à febre hemorrágica ébola com origem na Guiné-Conacri. A agência aponta a identificação de 103 casos suspeitos até quinta-feira.

Falando a jornalistas em Genebra, o porta-voz da OMS, Gregory Hartl disse que autoridades locais têm relatado vários episódios que acabam por não ser casos reais da doença fatal.

Libéria e Serra Leoa

Nesta terça-feira, foram anunciadas 59 mortes pela doença que afeta de forma mais severa as populações da área de florestas perto da fronteira com a Serra Leoa e a Libéria.

A OMS destacou casos descobertos nos dois países que têm ligações  com a epidemia da Guiné-Conacri.

A agência disse também que testes levados a cabo em dois laboratórios móveis na Guiné-Conacri devem ajudar a diagnosticar os casos, além de garantir que seja oferecido tratamento com maior rapidez.

Rumores

A OMS informou que não recomendou restrição de viagens. O porta-voz disse ainda que,  por vezes, ocorrem reações exageradas por parte das comunidades por pessoas que sentem que poderiam ficar afectados.

Além da Guiné-Conacri, a Cruz Vermelha falou da sua atuação na Serra Leoa e na Libéria. A entidade citou casos de pessoas que se escondem, de infectados que não vão aos centros de isolamento ou mortes não reveladas.

Mensagens

Para minimizar a situação, estão a ser usadas ligações da comunidade para que as mensagens-chave sejam difundidas para parar a propagação da doença. Outro objetivo é chegar às pessoas em maior risco e fornecer apoio psicológico.

No âmbito do reforço do apoio ao Ministério da Saúde da Guiné-Conacri,  a entidade anunciou o envio de mais 15 especialistas,  nos próximos dias, que se devem juntar aos que já se encontram nas áreas afetadas.

A Cruz Vermelha da Libéria e da Serra Leoa estão em contato com  as comunidades dos países vizinhos para conceber planos de contingência.

*Apresentação: Denise Costa.