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Portuguesa explica vantagem de analisar radioatividade em menos tempo

Portuguesa explica vantagem de analisar radioatividade em menos tempo

Cientista Margarida Malta foi uma dos 21 participantes da formação sobre técnicas de análise de radioatividade ambiental nos Estados Unidos; dois brasileiros também participaram no evento organizado pela Agência Internacional de Energia Atómica nos Estados Unidos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O nível de exposição das populações à radioatividade ambiental depois de acidentes nucleares já pode ser avaliado em três dias.

A cientista portuguesa Margarida Malta disse à Rádio ONU, de Lisboa,  que antes do desastre de Fukushima Daichi, há três anos, as técnicas de análise em laboratórios podiam demorar até duas semanas.

Pressão

Após tal período é que as populações seriam alertadas, um facto que a pesquisadora considerou que colocava maior pressão nas pessoas.

“Fukushima, no fundo, alertou-nos que temos que ser rápidos a atuar. Termos um plano de emergência para atuar nestas situações. Principalmente, deve-se acalmar as populações e se tivermos resultados rápidos podemos dizer que está tudo bem, caso esteja. As pessoas sentem muita insegurança quando se fala de radioatividade”, revelou.

Cientistas

Em março, a Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, organizou uma formação para aplicação do tipo de técnicas nos Estados Unidos. O programa internacional também envolveu dois cientistas brasileiros.

O evento que juntou 21 cientistas de vários países, coincidiu com a passagem do terceiro aniversário do acidente no reator nuclear japonês.

“Quando se fala em radioatividade ligamos sempre a coisas maléficas. Daís a necessidade de que quanto mais rapidamente dissermos que está tudo bem, mais tranquilas ficarão as pessoas. O nosso objetivo ao aprender estas técnicas é dar uma resposta à nossa população”,disse.

Malta contou ainda que após o incidente de Fukushima, em 2011, uma triagem feita por Portugal revelou apenas vestígios de radioatividade.

Os níveis foram considerados “não preocupantes nem alarmantes”, após a análise à nuvem radioativa da central nuclear japonesa, que foi afetada por um terramoto e um tsumani.