Nações Unidas deploram ataque em hotel de Cabul
Nove pessoas morreram no atentado ocorrido na noite de quinta-feira na capital do Afeganistão; missão da ONU no país volta a destacar que ataques do tipo violam a lei humanitária internacional.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Missão das Nações Unidas no Afeganistão condenou nos termos mais fortes o ataque ocorrido na noite de quinta-feira no hotel Serena, na capital do país, Cabul. Nove pessoas morreram no atentado.
O grupo Talebã reivindicou a autoria do ataque. Segundo a Unama, mulheres e crianças afegãs, além de estrangeiros, estão entre as vítimas. O jovem paraguaio Luis María Duarte era ex-funcionário do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime e também morreu no atentado.
O Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizada, lamentou a perda durante entrevista à Rádio ONU.
Segundo o ministro, o ex-diplomata estava no Afeganistão como observador internacional do processo de eleições no país.
Eleições
A missão da ONU reitera que “atentados indiscriminados em locais onde há civis violam a lei humanitária internacional”. A ação contra o hotel em Cabul ocorreu dias após um ataque suicida no norte do Afeganistão, quando 15 civis morreram.
O país se prepara para eleições presidenciais e locais, marcadas para 5 de abril. No começo da semana, o representante do Secretário-Geral no Afeganistão, Ján Kubis, apelou aos afegãos a não permitir que a violência influencie um pleito pacífico e confiável.
Ao Conselho de Segurança, Kubis declarou que grupos como o Talebã, que rejeitam as eleições, têm a obrigação de respeitar o processo civil do Afeganistão.