Perspectiva Global Reportagens Humanas

Relatora pede maior atenção internacional com minorias carentes BR

Relatora pede maior atenção internacional com minorias carentes

Ao Conselho de Direitos Humanos, Rita Izsák fala sobre milhões de pessoas de minorias étnicas, religiosas e linguísticas; relatora cita discriminação econômica, política e social.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A relatora independente da ONU sobre minorias pediu maior atenção da comunidade internacional com a situação dos desfavorecidos. Ao Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, Rita Izsák lembrou que geralmente essas são as pessoas mais pobres do mundo e enfrentam discriminação econômica, política e social.

O apelo da relatora foi em prol de “milhões de pessoas de minorias étnicas, religiosas e linguísticas”, que segundo Izsák estão presas num ciclo de “discriminação, exclusão, pobreza e subdesenvolvimento”.

Pós-2015

Ao apresentar seu relatório ao Conselho de Direitos Humanos, ela afirmou que as minorias deviam estar no primeiro plano das estratégias de desenvolvimento, mas na maior parte dos casos, ficam por último.

Para Rita Izsák, os países devem garantir que a nova agenda internacional do desenvolvimento, que passa a valer em 2016, inclua metas sobre a situação das comunidades marginalizadas.

Síria e Sudão do Sul

A relatora defendeu ainda que o aumento das desigualdades e a fraca governança colocam em sério risco a paz e a estabilidade das sociedades. Izsák citou o impacto de conflitos para minorias na República Centro-Africana, Mianmar, Síria e Sudão do Sul.

O relatório traz dados sobre várias regiões, com destaque para o “impacto desproporcional da pobreza sobre as minorias”. A especialista afirma que em 2009, 101 milhões de crianças estavam fora da escola. Deste total, entre 50% e 70% eram minorias ou indígenas.

Segundo Rita Izsák, pessoas que pertencem a grupos minoritários geralmente morrem mais cedo, tem mais dificuldades para ter acesso a serviços de saúde e passam por maior insegurança alimentar.