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Sudão do Sul: coordenador revela haver “stress severo” entre deslocados

Sudão do Sul: coordenador revela haver “stress severo” entre deslocados

Chefe Humanitário visitou área do norte assolada pelos combates iniciados em dezembro; preocupação de momento é com a saúde e a segurança de sul-sudaneses abrigados em acampamentos da ONU.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O coordenador Humanitário das Nações Unidas no Sudão do Sul disse que vários deslocados vivem sob “stress severo”, associado às condições nos locais de acolhimento na sequência do conflito iniciado há três meses.

Nesta segunda-feira, Toby Lanzer apelou para a reconciliação entre as comunidades com vista a resolver a crise atual, numa visita de um dia levada a cabo por várias entidades humanitárias a Melut, no estado do Alto Nilo.

Futuro

O responsável disse haver cerca de 1,2 mil pessoas no local, e que outras dezenas de milhares estavam à beira da estrada. Como acrescentou, na missão da ONU os deslocados estão em “stress severo”, sem comida, água e abrigo suficientes. O outro motivo de preocupação é o seu futuro.

Melut está localizado num dos locais mais afetados pelos combates entre o governo e os rebeldes. O conflito eclodiu em meados de dezembro. As instalações da ONU acolheram 77 mil sul-sudaneses.

Trajeto

Nas declarações feitas à Rádio Miraya, apoiada pela ONU, o coordenador revelou a razão da apreensão com os vários civis perfilados ao longo do seu trajeto.

Para o representante, a preocupação é com a época chuvosa que deve registar cheias e surtos de doenças. Para resolver os problemas a entidade diz que correm contra o tempo para garantir não apenas a segurança como também que as pessoas estejam saudáveis dentro das instalações das Nações Unidas.

Acnur

Num outro desenvolvimento, a agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, disse que ter distribuído ajuda alimentar para mais de 11 mil deslocados durante a última quinzena na área de Pariang.

Nos sete distritos da região do estado de Unidade vivem cerca de 20 mil dos 706 mil desalojados devido aos combates.