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OMI recebe US$ 1 milhão para Fundo de Segurança do Golfo da Guiné

OMI recebe US$ 1 milhão para Fundo de Segurança do Golfo da Guiné

Oferta do Japão é destinada ao local estratégico para os lusófonos Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau; agências noticiosas citam aumento crescente da pirataria na região africana.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Japão doou US$ 1 milhão para financiar iniciativas para a segurança marítima do Golfo da Guiné, revelou a Organização Marítima Internacional, OMI.

A aplicação do valor deve ser feita em áreas que incluem a prevenção e a repressão da pirataria, dos assaltos à mão armada cometidos contra navios e de outras atividades marítimas ilícitas.

Lusófonos

No Golfo da Guiné estão os lusófonos Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. O local também está na rota para Angola, que produz cerca de um terço do abastecimento total de petróleo da porção do mar.

Agências noticiosas têm registado um aumento crescente da pirataria no Golfo da Guiné, que foi responsável por quase 30% dos ataques sofridos em águas africanas entre 2003 e 2011.

Assaltos

Com a doação japonesa, a OMI revelou a intenção de apoiar a implementação do Código de Conduta sobre a prevenção da pirataria, assaltos à mão armada contra navios e atividades marítimas ilícitas na África Ocidental e Central. O documento foi assinado pelas nações da região em junho de 2013.

O secretário-geral da OMI, Koji Sekimizu, considera crucial um sistema de transporte marítimo internacional sustentável que possa operar sem a ameaça da pirataria e dos assaltos à mão armada.

China e Reino Unido

O fundo já recebeu o contributo da China, com US$ 100 mil, e do Reino Unido, com o equivalente a US$ 166,4 mil.

Com o apoio da Noruega, a agência da ONU revelou que tem vindo a implementar atividades marítimas relacionadas com a segurança na cooperação técnica da região, que incluem exercícios teóricos.