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FMI prevê acompanhar operações de empresa de atum em Moçambique

FMI prevê acompanhar operações de empresa de atum em Moçambique

Órgão quer avaliar riscos ligados ao novo projeto que envolve um empréstimo de US$ 850 milhões; grupo de especialistas considera que nova reforma eleitoral vai precisar de orçamento suplementar.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, afirmou que considera acompanhar de perto e informar sobre as operações da nova empresa pública moçambicana para a pesca de atum, denominada Ematum.

Após uma avaliação ao país, concluída esta quinta-feira, uma equipa do órgão disse que será fundamental avaliar os riscos fiscais associados ao projeto.

Crédito

O relatório do grupo reconhece os esforços recentes com vista à transparência das operações do projeto, que envolveu títulos de participação num crédito de US$ 850 milhões.

O FMI revela que a inclusão de US$ 350 milhões no orçamento das atividades fiscais da empresa para 2014 e o aumento do teto para as garantias do governo foram os primeiros passos importantes.

Crescimento

O desempenho económico do país foi considerado “muito forte”, apesar das inundações do início do ano passado. O FMI prevê um crescimento do Produto Interno Bruto de 8% em 2014, 1% a mais que em 2013.

O resultado deve refletir ganhos a serem obtidos em áreas como mineração, construção, transportes e comunicações e serviços financeiros.

O país prevê realizar eleições gerais a 15 de outubro. O FMI disse que será necessário um orçamento suplementar para incluir gastos associados com a nova reforma eleitoral.