Jovens e mulheres podem conter violência nos Grandes Lagos, diz Unfpa
Com o Banco Mundial, agência discute plano para impulsionar habilidades profissionais e negócios; estratégia tem apoio de governos de países como República Democrática do Congo, Ruanda e Uganda.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, disse que a comunidade internacional vai fazer a diferença ao empoderar mulheres e jovens para combater a violência ligada ao género nos Grandes Lagos.
A ONU afirma que, nas últimas duas décadas, a região africana é assolada por conflitos que ainda têm usado a violência sexual como arma de guerra.
Estatuto
O tema será abordado num painel de alto nível realizado, nesta segunda-feira, como parte da 58ª Sessão da Comissão da ONU sobre ao Estatuto da Mulher.
Em entrevista dada em Nova Iorque, Babatunde Osotimehin, disse que decorrem contactos com os governos da República Democrática do Congo, RD Congo, Ruanda e Uganda para implementar a estratégia.
O representante disse que a mensagem é que não é ‘giro’ violar raparigas e mulheres. Nesse sentido, a intenção é trazer equilíbrio em termos de desenvolvimento para a região. Como explicou, o objetivo é que haja um avanço em meninas e rapazes em termos de habilidades para assegurar empregos e para que eles próprios possam dar inicio a um negócio.
Conflito
Osotimehin considera perturbadora a violência ligada ao género particularmente associada ao conflito congolês, onde o governo combate vários grupos armados.
O Banco Mundial também está no centro dos contactos estabelecidos pelo Fnuap como parte do plano da agência que tem o aval das três nações da região do continente.
A ideia é aplicar parte do US$ 1 mil milhão dos fundos atribuídos pelo órgão para investir em jovens e mulheres. Os valores foram anunciados em meados no ano passado no âmbito da Estratégia de Cooperação, Paz e Segurança para a região.