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ONU lança campanha contra uso de crianças-soldado

Iniciativa tem objetivo de acabar com recrutamento feito por forças de governos até 2016; Secretário-Geral afirmou que menores devem estar armados de canetas e livros e não armas.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU lançou a campanha “Crianças, Não Soldados” para acabar com o recrutamento de menores em conflitos armados.

A iniciativa tem como objetivo forçar os governos mundiais a suspenderem o uso de crianças em suas forças militares até 2016.

Livros x Armas

O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, afirmou que os menores de idade devem estar armados de caneta e livros e não armas.

Segundo a ONU, milhares de meninos e meninas são recrutados por forças de governos e grupos de oposição para lutar em conflitos armados no mundo inteiro.

Eles são usados também como cozinheiros, mensageiros entre outros serviços. As meninas são, geralmente, recrutadas para exploração sexual.

Para Ban Ki-moon, todas essas crianças merecem proteção. Elas pertencem a escolas e não a exércitos ou grupos armados.

União

A representante especial para Crianças e Conflitos Armados, Leila Zerrougui, afirmou que nenhuma criança deveria ser usada por forças de governos.

Zerrougui disse que “chegou a hora de o mundo se unir e virar a página, de uma vez por todas, em relação ao recrutamento e o uso de menores de idade por forças de segurança em conflitos armados”.

Atualmente, oito países estão na lista dos que utilizam crianças em seus exércitos.

Desses oito países, seis firmaram um plano de ação com as Nações Unidas para combater o problema. São eles, Afeganistão, Chade, Mianmar, República Democrática do Congo, Somália e Sudão do Sul.

Os outros dois governos da lista, Iêmen e Sudão, expressaram compromisso em formar um exército sem crianças e estão negociando com a ONU.