Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ajuda alimentar pode sofrer mais cortes no Zimbabué, diz PMA

Ajuda alimentar pode sofrer mais cortes no Zimbabué, diz PMA

Na visita ao país, diretora da agência fala que altos níveis de desnutrição podem comprometer potencial; cerca de 2 milhões sofrem de insegurança alimentar.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Os programas de ajuda alimentar para os zimbabueanos podem ser cortados se não houver mais financiamentos dos doadores, advertiu o Programa Mundial de Alimentação, PMA.

Mais de 200 mil pessoas beneficiam de um projeto de saúde e nutrição implementado em parceria com o governo várias entidades. O grupo inclui mulheres grávidas desnutridas, lactantes e menores de cinco anos.

Comunidade

O PMA diz que também executa atividades para criar resiliência, que consistem no estímulo ao trabalho dos beneficiários em projetos da comunidade incluindo sistemas de captação de água e de irrigação.

A diretora da agência, Ertharin Cousin, está a realizar uma visita ao país. Ela alertou para os altos níveis de desnutrição que podem ser um obstáculo para que seja alcançado o pleno potencial do país.

Cerca de 2 milhões de zimbabueanos vivem em situação de insegurança alimentar. Um em cada quatro residentes das áreas rurais passa por necessidades alimentares.

Necessidades

A deslocação ocorre no auge da chamada época magra, que antecede às colheitas. Durante o período, várias famílias não dispõem de stocks.

Cousin citou os altos preços dos grãos em relação à mesma época do ano passado, tendo citado que as comunidades não têm reservas alimentares depois das más safras da última temporada.

O PMA revelou ainda que tinha um plano para ajudar 1,8 milhão de vulneráveis, mas que devido às restrições de financiamento só será capaz de satisfazer as necessidades de 1,2 milhão.

Cheias

A maioria recebe rações menores quando ocorre uma redução das atividades de assistência da agência.

Cousin acrescentou que embora haja algum otimismo sobre as colheitas do próximo mês devido às chuvas recentes, a queda em excesso causou danos às culturas de algumas áreas.