ONU condena ataque a palácio presidencial que fez mortos na Somália
Explosão de carro armadilhado foi seguida de um intenso tiroteio na área interna, dizem agências noticiosas; complexo inclui residências do chefe do governo, do presidente do Parlamento e de outros ministros.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Somália, condenou, esta sexta-feira, o ataque contra a sede do governo em Mogadíscio.
Agências noticiosas citam as autoridades do país a referir que a explosão de um carro-bomba ocorreu no portão do palácio presidencial, situado no complexo. O estrondo foi seguido de um intenso tiroteio na área interna.
Mortes
De acordo com os relatos, pelo menos dois funcionários governamentais e nove atacantes morreram no ataque, que foi reivindicado pelos insurgentes do grupo al-Shabab.
Nicholas Kay disse que após o incidente falou com o líder somali, Sheikh Hassan Mohamud. Ele expressou condolências às famílias dos mortos e desejou uma rápida recuperação dos feridos.
Governantes
Além do presidente, no complexo fortemente guarnecido estão as residências do primeiro-ministro, do presidente do Parlamento e de outros governantes.
Ainda de acordo com as agências, no momento da explosão, o líder somali estaria na mesquita situada no interior a preparar-se para as orações da sexta-feira.
Tiroteio
Kay, disse tratar-se de um ato desesperado e criminoso que “faz mal ao povo da Somália.”
Ele reitera o que chama cansaço dos cidadãos do país em relação a tiroteios, atentados e assassinatos. Na nota, o enviado elogia as tropas da Missão da ONU e da União Africana no país, Amisom, e as forças de segurança locais pelo que chamou de “profissionalismo que frustrou o ataque.”
O responsável considera que o momento é crítico e um “novo capítulo na história da Somália para o qual não se podem permitir recuos.” Para ele, as Nações Unidas e a comunidade internacional continuam firmemente determinadas a apoiar o erguer da Somália.
*Apresentação: Denise Costa.