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Sudão do Sul: ONU apela ao empenho no diálogo, após novos confrontos

Sudão do Sul: ONU apela ao empenho no diálogo, após novos confrontos

Pesados combates tiveram início, nesta semana,  na capital do Alto Nilo; agências noticiosas dizem haver acusações mútuas entre governo e rebeldes pelo início da violência.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral das Nações Unidas apelou ao envolvimento das partes do conflito sul-sudanês em “negociações políticas sérias” como o único meio para trazer a paz para o Sudão do Sul.

Ban Ki-moon disse ter tomado conhecimento dos relatos de pesados combates em Malakal com profunda preocupação. Os confrontos decorrem na capital do estado do Alto Nilo desde o início desta semana.

Proteção

Ban apontou para as consequências catastróficas do conflito para os civis, ao pedir que os envolvidos garantam a sua proteção e respeitem os direitos humanos e Direito Internacional Humanitário.

Na sua mensagem, o chefe da ONU enfatiza que os autores dos crimes cometidos contra os civis serão responsabilizados.

Agências noticiosas dizem que tanto o governo como os rebeldes acusam-se mutuamente pelo início da violência, que envolve combates em grande parte da cidade.

Campos Petrolíferos

De acordo com os relatos das agências, os confrontos voltam a levantar preocupações sobre a segurança dos campos petrolíferos do norte do país, que produzem a maior fonte de receitas do Sudão do Sul.

O Secretário-Geral reitera a necessidade de observação dos acordos para a cessação das hostilidades e sobre a situação dos detidos, assinados a 23 de janeiro.

Países Vizinhos

O apelo de Ban é que os envolvidos respeitem igualmente os trabalhos de resgate, além de garantir uma movimentação irrestrita à missão da organização no país, Unmiss, e aos funcionários humanitários.

Entretanto, a Organização Internacional para Migrações, OIM, diz que continua o êxodo das populações do Sudão do Sul, que já tem mais de 156 mil cidadãos em busca de refúgio nos países vizinhos.

Em todo o território, estima-se que pelo menos 716 mil estejam a viver como deslocados internos. Somente as instalações da Unmiss albergam mais de 75 mil pessoas que procuram proteção.