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França e UE enviam mais tropas para a República Centro-Africana

França e UE enviam mais tropas para a República Centro-Africana

No Conselho de Segurança, Secretário-Geral da ONU diz que apesar da oferta são necessários mais 3 mil homens para o país; operação de forças africanas no terreno carece de cerca de US$ 38 milhões.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque

A França e a União Europeia confirmaram o envio de mais soldados para a República Centro-Africana, anunciou esta quinta-feira o Secretário-Geral das Nações Unidas.  Neste momento, 1,6 soldados integram a operação francesa. Em janeiro, a UE tinha aprovado outros 500.

No Conselho de Segurança, Ban Ki-moon disse que o presidente francês François Hollande anunciou que a operação sangaris, das forças do seu país, será reforçada em cerca de 25% para passar a integrar 2 mil tropas.

Já o bloco europeu manifestou ao chefe da ONU a sua prontidão para aumentar para o dobro a sua presença, para compor 1 mil soldados.  Prevê-se que estes estejam no terreno a partir de março.

Agravamento

O chefe da ONU apelou à comunidade internacional a agir de forma decisiva neste momento, para evitar o agravamento da situação, além de responder às necessidades da população centro-africana. 

Mas no terreno são necessários mais 3 mil homens, tanto soldados como forças policiais, para o que Ban considera rápido reforço das tropas da União Africana e francesas. 

Mobilidade

O responsável disse que as forças devem ser implantadas o mais breve possível nos próximos dias e semanas, e equipadas para ter mobilidade necessária, incluindo aérea, para operar sempre que for necessário.

O Secretário-Geral quer  todas as forças internacionais a apoiar a assistência humanitária coordenada e a lançar as bases para o envio de uma força de paz das Nações Unidas, o mais rapidamente possível.

Ban também propôs que as tropas  africanas adicionais tenham apoio logístico e financeiro estimado em US$ 38 milhões, para um período de seis meses.

Reconciliação

Foi igualmente solicitado auxílio “rápido e tangível” para o Governo da República Centro-Africana, como forma de ajudar o estabelecimento de uma capacidade mínima de operação.

O chefe da ONU pediu ainda que seja acelerado o processo de reconciliação política e evitado um novo desgaste dos laços comunitários enquanto ocorre a preparação para o fim do conflito.