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Unesco condena assassinato de jornalista na Ucrânia BR

Unesco condena assassinato de jornalista na Ucrânia

Diretora-geral pediu respeito pelo direito dos trabalhadores da mídia de transmitir notícias; Irina Bokova quer a abertura de uma investigação para apurar a morte do repórter Vyacheslav Veremyi.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, condenou a morte do jornalista ucraniano Vyacheslav Veremyi, ocorrida nesta quarta-feira.

Bokova pediu respeito pelo direito dos trabalhadores da mídia de transmitir as notícias, mesmo em situações de turbulência interna.

Preocupação

A chefe da Unesco disse ainda estar muito preocupada com outros jornalistas feridos durante os acontecimentos em Kiev, a capital do país.

Ela pediu a todas as partes envolvidas nos confrontos que reconheçam a condição específica dos repórteres e os deixem trabalhar em condições seguras.

Veremyi foi atacado na terça-feira por um grupo não identificado quando voltava para casa em um táxi depois de cobrir os eventos na praça Maidan, também chamada de praça da independência.

Incidentes Violentos

Ele foi retirado do veículo e baleado por integrantes do grupo. O jornalista, que trabalhava para o jornal ucraniano Vesti, foi levado para o hospital e morreu no dia seguinte.

Segundo a Unesco, mais de 30 jornalistas ficaram feridos nos violentos incidentes em Kiev.

Bokova fez um apelo às autoridades para que investiguem o caso e levem os responsáveis à justiça.

Mortes

Agências de notícias informaram que pelo menos 21 pessoas morreram em confrontos ocorridos esta quinta-feira depois que a trégua entre governo e manifestantes foi rompida. O número de mortos pode chegar a 27, segundo relato de algumas testemunhas.

A imprensa internacional diz ainda que pelo menos um policial morreu e 67 foram capturados pelos manifestantes.